segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pesca no Centro Oeste Brasileiro: Surubim Pintado


 
A atividade pesqueira nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em principal na bacia do rio Paraguai, não é apenas para subsistência. Desde 1940 a região é frequentada por ecoturistas e também o turismo voltado para a pesca, principalmente amadora, o que auxilia na economia das cidades (ANTAS et al, 2008). Um dos peixes de água doce mais procurado, de sabor apreciadíssimo e textura consistente é o surubim-pintado, mais comum nas bacias do São Francisco, da Prata e do Paraguai (LORENÇATO, 2009).
Título: Mapa da bacia pantaneira que ultrapassa fronteiras de três países: Brasil, Bolívia e Paraguai.
Segundo SIGRIST, a variedade e abundância de peixes no complexo do Pantanal dão-se pelas cheias na planície pantaneira, transformando a região em um criadouro selvagem. A fauna que povoa as margens dos rios serve de alimento para os peixes herbívoros. Afirma também que o turismo visando à pesca chegou devido à publicidade relacionada com a quantidade de peixes e espécies, sendo chamativo para estrangeiros e brasileiros. (2003)
Título: A pesca esportiva é uma evolução ecologicamente correta da pesca amadora.
Fonte:http://pantanalbraziltourism.com/NEWS-PANTANAL-648-SCA+ESPORTIVA+ATRAI+TURISTAS+PARA+CORUMBA.htm

Sendo assim, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA, tomou algumas medidas para controlar a atividade pesqueira e proteger as espécies (SIGRIST, 2003). Dentre eles, estão: a proibição da pesca no período de reprodução dos peixes (piracema), sendo exceção para a pesca de subsistência; deve-se respeitar o tamanho mínimo dos pescados para consumo (BRASIL, 2007) e a proibição do uso de redes de pesca em larga escala (SIGRIST, 2003). Pescadores amadores podem possuir a Licença de Pesca Amadora, que a partir de julho de 2010 é retirada no Ministério da Pesca e Aquicultura e tem como finalidade a identificação do pescador e evita que este pague a licença estadual no caso de pesca em outros estados (BRASIL, 2010).

O surubim-pintado é característico por ser um peixe de couro, sem escamas, e dotado de pintas pretas, cabeça chata e corpo redondo (LORENÇATO, 2009). Santos afirma que este é considerado “um dos maiores peixes fluviais, pois chega a alcançar 3 metros de comprimento” (p. 134) e o peso varia de 10 a 40 kg. Seus hábitos são noturnos, estando principalmente nos fundos dos rios, até porque se alimentam de pequenos peixes, crustáceos que ali se encontram, sendo que acaba ingerindo lama e areia grossa quando abocanha o alimento. Dentre os surubins, esta é a espécie de maior exploração industrial, sendo denominado na Bahia como “bacalhau nacional”, sendo a comparação derivada de sua carne saborosa e ausente de espinhas (1987). De acordo com Lorençato, os métodos de cocção que realçam mais o sabor são: assado, grelhado na brasa ou ensopado, cujo caldo é aproveitado para pirão (2009). Na região Centro-Oeste brasileiro, os caldos de peixes muito apreciados são sempre acompanhados de banana, característica de sua cozinha regional (SIGRIST, 2003).

Título da Imagem: Surubim-pintado (nome científico: Pseudoplatystoma corruscans)
                      Autor da imagem: Gerson Sobreira


REFERÊNCIAS
LORENÇATO, A. et. al. 1001 Comidas para provar antes de morrer. Editora Geral Frances Case. Rio de Janeiro: Sextante. 2009. 959 p.





SANTOS, E. Peixes de Água doce. Editora Itatiaia Ltda. 4ª edição. Belo Horizonte.  1987. 267 p.
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SIGRIST, M. Pantanal, Sinfonia de sabores e cores. Editora Senac Nacional. 2003. 150 p.
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ANTAS, P.T.Z.; OLIVEIRA, L. F. B.; PÁDUA, M. T. J.; PEREIRA, N. C.; VALUTKY, W. W. Conhecendo o Pantanal 3. Plano de Manejo da Reserva Particular de Patrimônio Natural do SESC Pantanal. Editora SESC. 2008. 119 p.
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SITES CONSULTADOS
BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Informativo da mudança de responsabilidade da Licença para Pesca do IBAMA para o Ministério da Pesca e Aquicultura. Disponível em: <http://servicos.ibama.gov.br/cogeq/index.php?id_menu=42>.  Acesso em: 26/ago/2011.
BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Legislações envolvendo a pesca na bacia do Paraguai, abrangendo os Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Portaria n° 44, Defeso Paraguai de 25 de setembro de 2007. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/documentos-recursos-pesqueiros/legislacao>. Acesso em: 26/ago/2011.
BRASIL. Ministério da Pesca e Aquicultura. Informações sobre a Licença para Pesca. Disponível em: <http://www.mpa.gov.br/#destaques/nova-licenca-pesca>. Acesso em: 29/ago/2011.


Componentes
Ana Carolina Cabianca de Vasconcellos
Fernanda Palladino
Giselle Fernandes
Julia Cella

Orientação:
Chefe Jorge da Hora



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