Figura 1: Cabrito
As cabras, ou bodes nordestinos chegaram ao Brasil por mãos dos portugueses à aproximadamente 500 anos. Segundo o dramaturgo e romancista Ariano Suassuna, um expert no assunto a adaptação em nossas terras não se deu facilmente. Raças portuguesas e espanholas foram determinantes na constituição do atual rebanho de caprinos nordestinos.
Sim, porque o Nordeste concentra 90% do rebanho de caprino do país, em uma estimativa modesta. Na região a criação é extensiva, no entanto instituições como a Embrapa Caprinos, Universidade do Ceará e a Universidade da Paraíba não poupam esforços visando o melhoramento genético do rebanho, tendo em vista que a criação de caprinos é à base de sustentação de muitas famílias e pequenos agricultores nordestinos (JUNIOR/LODY, 2005).
Mas antes, para entendermos o que estamos tratando tentaremos esclarecer uma confusão recorrente à todos :
OVELHA + CARNEIRO = CODEIRO.
CABRA + BODE = CABRITO.
Porém, no Nordeste é comum se chamar de cordeiro o cabrito “mamão” (cabrito recém abatido, média de 40-70 dias). Pronto já temos uma confusão armada, mas, não intencional. De acordo com o livro Culinária Caprina: do alto sertão à alta gastronomia, a falta de carne de bode em algumas regiões faz que ocasionalmente se coma por exemplo, um guisado de carneiro como se fosse de bode.
À parte peculiaridades, o crescente interesse pela carne de caprinos vem acompanhado de melhoramentos na apresentação dos cortes, melhoria na higienização no abate e em toda cadeia de produção. Bem como a industrialização de lingüiças, buchadas, sarapatel e outros produtos comestíveis. (JUNIOR/LODY, 2005).
Todo o esforço em tecnologia para se conquistar novos e mais exigentes mercados não excluiu a festa o povo valente que do bode cuidou, a algum tempo já acontecem alguns ótimos projetos de inclusão social baseados no manejo de caprinos por família carentes do Ceará, Paraíba e Bahia somente para citar três estados. Vamos lá: Projeto Cabra Nossa de Cada Dia (Voltado para a segurança alimentar nas comunidades rurais em Sobral, com a inclusão do leite de cabra na dieta das famílias e atualmente a venda de produtos obtidos pelas famílias) e Projeto Cabra Escola(Programa de Erradicação do Trabalho Infantil ), famílias recebem três cabras e um bode, aprendem o manejo, com a vantagem de manter as crianças na escolas , longe da lida da roça e do árduo trabalho de quebrar pedras).(JUNIOR/LODY, 2005). E é nesse arranjo na busca de aperfeiçoamento tecnológico com inclusão social que aos poucos se vai desmontando o preconceito de carne destinada a paladares exóticos.
Figura 2: Arrumadinho de Cabrito
Figura 3: Projeto Cabra Escola
Livro: Culinária Caprina do alto sertão à alta gastronomia.
Onde Achar?
PROJETO CABRA ESCOLA:
PROJETO CABRA NOSSA DE CADA DIA:
Componentes:
Aron Guerche
Cristiane Harumi
Daniel Chad
José Molck
Orientador:
Jorge da Hora
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