sábado, 22 de outubro de 2011

Sobá

Sobá - Macarrão japonês tradicionalmente degustado na passagem do ano. Na véspera do ano novo japonês, as famílias se reúnem para comer a iguaria feita de macarrão de trigo sarraceno, também chamado de toshikoshi-sobá. É um dos pratos mais tradicionais de Mato Grosso do Sul, é mais comum na capital, Campo Grande, para onde foi levado pelos japoneses originários da ilha de Okinawa, no Japão, que chegaram à cidade em 1908. As famílias okinawanas acreditam que o sobá ajuda a atrair riquezas. Por ser fino e longo, o sobá simboliza longevidade, pois lembra barba e cabelos brancos dos deuses da longa vida. Além disso, sobá tem o mesmo som da palavras japonesa que significa perto ou proximidade. Em Campo Grande, passou a ser oferecido nas feiras-livres e acabou se tornando uma iguaria tipica da cidade, perdendo a ligação com passagem do ano, pois é saboreada qualquer época.



Figura1 - Sobá

O sobá não é a mesma coisa que o yakisoba. Ambos vêm da culinária japonesa, possuem macarrão, legumes e carnes, mas são diferentes. O sobá tem como base um macarrão feito artesanalmente e um caldo especial feito com carne de porco, bovina e de frango. O prato ainda leva omelete cortado em tirinhas, um bocado de cebolinha e carne de porco bem frita. Adiciona-se shoyu e gengibre a gosto. Esta receita é muito popular no Mato Grosso, principalmente da população de Campo Grande há décadas e nos últimos anos a população está, cada vez mais, apreciando o sobá. Como é dificil de fazer em casa, a pessoa tem que ir procurar o sóba na rua. Por isso, do centro aos bairro mais populares, sempre se encontra um bar, barraquinha, feira livre e até restaurante residencial vendendo a iguaria. "O sobá é a maior  contribuição da colônia japonesa para Campo Grande. Virou um símbolo cultural", afirma a jornalista Maristela Yle, diretora do documentário "Arigatô", que conta a história da colônia japonesa no Estado. O sobá é um prato de Okinawa, uma cidade do Japão. Como a maioria dos japoneses que habitam Campo Grande é originária deste continente, o sobá veio naturalmente junto. Em 1914, quando a estrada de ferro ficou pronta e chegou a Campo Grande, muitos japoneses adquiriram lotes para plantar café e se estabeleceram na área rural. Mas o preço do café caiu e eles resolveram investir em hortas.
Com isso, começaram a ter mais contato com as feiras livres. "Quem estava na cidade fazia o sobá para esperar os que vinham das granjas. Era tipo a marmita deles. Todos iam comer em uma barraquinha, que tinha uma cortininha impedindo que os outros vissem dentro. Era comer escondido mesmo. Até que um brasileiro abriu a cortininha, viu que eles estavam comendo, perguntou o que era, experimentou e gostou. Em pouco tempo o sobá já estava conhecido em toda a cidade", relata Maristela Yule.
Mas do que conhecido, o sobá é um prato muito famoso da culinária local. Na Feira Livre de Campo Grande, por exemplo, existem 20 restaurantes especializados em preparar o sobá. O local reúne duas mil pessoas, que consumirão o prato vendido a nove reais pela cumbuca grande, oito reais pela média e sete reais pela pequena.
Na Barraca da Amélia, uma das mais tradicionais do local produz o prato desde 1990, vende-se uma média de 100 sobás por dia. Anísia Higa, irmã de Amélia, garante que não é fácil fazer o sobá e quem vê o prato ser montado em menos de 30 segundos não imagina o grande preparo que é preciso para dar conta do público esfomeado e aficionado na iguaria. "Não é qualquer  um que faz O caldo tem um segredinho que só a Amélia sabe e trazemos muita coisa já pronta, como a omelete e as carnes", explica Anísia, uma tipica descendente de Okinawa que mora em Campo Grande. O detalhe é que o sobá é um prato extremamente saudável, como toda a culinária de Okinawa, um dos motivos para o local abrigar a maior concentração de pessoas centenárias no planeta. Aos poucos, por exemplo, dona Amélia, Antônia e companhia vão criando mais artimanhas para atrair os campo-grandenses, como substituir a carne de porco por carne de boi, frango e até mesmo dobradinha dependendo do gosto do freguês. " Como descendente me orgulho de toda a população de Campo Grande gostar de sobá, um prato que veio da colônia, mas que atinge pessoas de todas as raçãs e idades" reflete Anísia Higa.


Figura 2- Festival de Sobá

No Brasil, a cidade de Campo Grande (Mato Grosso do Sul), foi a primeira cidade a ter restaurantes que servem sobás, para onde foi levado pelos imigrantes originários da ilha japonesa de Okinawa, que chegaram à cidade em 1908 e são os restaurantes dos mais tradicionais da cidade.
Atualmente está presente em outras cidades, mas é em Campo Grande onde mais se encontravam esses restaurantes. Em Campo Grande, o sobá de Okinawa passou s ser oferecido também na feira Central e acabou se tornando uma iguaria típica e tradicional da cidade, perdendo a ligação com a passagem do ano, pois é saboreada em qualquer época do ano. Existem dezenas dessas casas de massas que servem além do sobá espetinhos de  carne bovina, yakimeshi, yakisoba e outros pratos orientais.


Figura 3 – Festival de Sobá.


  
Referencia bibliográfica:






Componentes:
Mariana B. Ligabô
Marina Barreto
Pedro Henrique Carvalho
Renata Said
Tales Nogueira

Orientador:
Jorge Da Hora.

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