domingo, 16 de outubro de 2011

REGIÃO NORDESTINA

O nordeste brasileiro é uma das regiões que possui muito sabor, aroma e cores. Este local é conhecido pela sua costa exuberante e ensolarada, suas matas verdes, suas plantações de cana-de-açúcar, coco - verde e a água preciosa, e além de tudo o sertanejo.
            A água dos rios São Francisco, de poços e cacimbas é a água que lhes oferece a comida em geral (peixes) e a bebida, sendo a água o maior bem precioso do nordeste.
            Entende-se o nordeste pelo sotaque, as festas religiosas (dedicadas para santos, orixás, caboclos, ancestrais e etc), a arte em barro e sua culinária que se identifica muito com o cheiro, cores, sensação de sons, seus gostos, temperos, receitas, carne de sol, siris, buchos de bode recheado, galinhas guisadas no próprio sangue, sucos de graviola, manga, pitanga, banana, bolos, pimenta-da-costa, dendê, farinhas, frituras com peixes, ovos, sururus, lingüiças bunda de tanajuras fritas, arrumadinhos e entre muitas outros ingredientes espetaculares.
             Entre todas as preciosidades que possui essa região, uma das quais jamais foi esquecida é a cana-de-açúcar. A razão para que alguns produtos sejam esquecidos é pelo fato de alguns alavancarem a economia e quando chegava-se ao ápice de sua comercialização, o produto entrava em decadência mesmo com continuidade de sua produção.
            A quebra desse sistema era devida a entrada de novos produtos que supostamente seriam superiores na sua utilização e sub-julgados com uma maior importância. Um dos produtos que nunca saíram de extrema importância era o pau-brasil, a cana-de-açúcar e a mineração.
            A cana de açúcar originalmente é da região sudoeste asiática, sendo trazida pelos portugueses para o Brasil, na intenção de serem plantadas na Mata Atlântica. Como o pensamento era de ocupar essas áreas, eles observaram que não seria necessário pois as colônias estavam se integrando ás metrópoles, e assim com o plantio da cana eles colonizavam o local e aumentavam os lucros de Portugal.
            A mão de obra utilizada era a indígena e a dos negros africanos que Portugal escravizava. A plantação de cana exigia muito capital, pelos escravos, instalação, o plantio, transporte e distribuição e Portugal não obtinha tantos recursos para que essa mercadoria permanecesse.
Com isso, Portugal buscou ajuda de outros países, sendo que  a Holanda acabou financiando toda a produção. Antigamente só se produzia o que interessava as metrópoles sendo em grandes quantidades  com baixos preços.
Dessa forma, o cultivo se facilitou, sendo produzidas em latifúndios e assim distribuídas. O nordeste se transformou na principal região que produz açúcar, assim como Pernambuco e Bahia.
Em alguns locais, só se utilizava a mão-de-obra escrava (monocultores), outros locais praticavam além do plantio da cana, a agricultura de subsistência (latifúndio).
Existiam fases para o processo da cana-de-açúcar; primeiramente a cana era moída e o seu caldo era extraído na moenda (local onde fabricava-se o açúcar), após essa fase, o caldo extraído da cana era levado para a casa de purgar e era colocado em assadeiras onde eram deixado para secar e formar o ‘ponto de açúcar’ que após um determinado tempo eram desenformados dando origem aos ‘pães de açúcar’ ou melhor, a ‘rapadura’.
Esses produtos originados da cana eram levados para Portugal, de Portugal para a holanda onde eles refinavam esses ‘pães de açúcar’ fazendo enfim o açúcar para utilização próprio e comercialização.
A comercialização do açúcar requisitou a formação de uma sociedade com classes sociais, onde o superior entre todos eram os donos dos engenhos que habitavam as casas grandes, depois as mulheres que eram subordinadas á eles, os domésticos na casa, depois os escravos onde trabalhavam de sol a sol  na produção.
Entre estas camadas sociais estão os feitores, comerciantes, os homens livre, artesãos, padres, militares e funcionários públicos. Nos engenhos, além da produção de açúcar, havia a produção da cachaça e da rapadura, que eram consumidas no interno da colônia no escambo dos escravos.
No mesmo momento que começou a se comercializar a cana, houve o inicio da criação de gado no Nordeste perto dos engenhos, sendo uma atividade secundária que era utilizada na produção do açúcar ajudando nas moendas, transportar o açúcar e etc.
Como atividade terciária, havia o cultivo da mandioca que era a base da alimentação da população das colônias e principalmente dos escravos.


1- Engenho de cana-de-açúcar





Referência bibliográficas:


1-     Culinária nordestina : encontro de mar e sertão, Arthur Bosisio (Coord.); Raul Lody Medeiros ET al. Prefácio de Claude Troisgrois Rio de Janeiro, Editora SENAC, 2001
Fonte da foto e local para comprar o livro:








Componentes:
Letícia Leal
Letícia Duarte
Natália Sávio
Yohanna Perdiza

Orientador:
Jorge da Hora




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