domingo, 16 de outubro de 2011

Azeite de dendê


   Óleo de palma oriundo do Gana.O azeite-de-dendê, azeite-de-dendém ou óleo de palma é um azeite popular nas culinárias brasileira e angolana e, também, no candomblé. É produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como Dendezeiro (Elaeis guineensis).Indispensável na cozinha afro-brasileira, é utilizado em pratos como caruru, vatapá, acarajé, bobó-de-camarão, abará, entre outros. Em Angola, é usado, por exemplo, na preparação da moamba de galinha. Além do uso culinário, o azeite-de-dendê pode também substituir o óleo diesel, embora seja muito mais caro, sendo ainda rico em vitamina A.É empregado na fabricação de sabão e vela, para proteção de folhas-de-flandres e chapas de aço, fabricação de graxas e lubrificantes e artigos vulcanizados.
O processo de extração do azeite pode ser artesanal ou não e pode levar horas, já que o fruto de cor marrom ou castanha escura é firme.

Formas de consumo

   O óleo originário desta palmeira, o azeite de dendê, consumido há mais de 5000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XVI, coincidindo com o início dos tráficos de escravos entre a África e o Brasil. No contexto atual, o azeite de dendê é o segundo óleo mais produzido e consumido no mundo, representando 18,49% da produção e 20,40% do consumo mundial. O estudioso Edison Carneiro, em Ladinos e Criolos: estudos sobre o negro no Brasil, 1964, nos informa que: "Os traficantes de escravos acrescentaram o dendezeiro à paisagem natural do Brasil sem maiores dificuldades. Era natural que o plantassem primeiro na Bahia, então o grande centro do comércio de negros".
   Na sua Notícia da Bahia (1759), José Antonio Caldas informava que os navios negreiros, na ocasião freqüentavam a Costa da Mina para negociar "azeite de palmas" além de escravos.        Se isto não prova a inexistência da palmeira no país, pelo menos indica que a produção de azeite, ou não fazia ainda ou era íntima em relação às necessidades brasileiras, Vilhena conseguiu encontrar estatísticas de 1798 que mostram que, naquele ano, entraram na Bahia mil canadas de azeite de palmas, da Costa da Mina e 500 canadas da ilha de São Tomé, no valor total de 1.500$, ou seja a mil réis a canada – cerca de 4.000 litros. No momento, porém, em que escrevia suas Cartas Soteropolitanas (1802), já estava aclimado o dendezeiro, tanto que o professor régio propunha que "fossem plantados nas terras dos engenhos, a fim de se extrair do coco azeite, tempero essencial da maior parte das viandas dos pretos e ainda dos brancos, criados com eles".
   O dendê é muito usado na culinária baiana, que se baseia em sabedoria ancestral trazida da África. Dá à comida sabor, cor e aroma peculiares, de que é exemplo o vatapá.
   O óleo de dendê é avermelhado devido a grande quantidade de vitamina A, 14 vezes maior que na cenoura. No entanto, o aquecimento do óleo para frituras acaba destruindo a vitamina A e deixando o óleo branco.

Composição e usos

   O azeite de dendê contém proporções iguais de ácidos graxos saturados (palmítico 44% e esteárico 4%) e não saturados (oléico 40% e linoléico 10%).
   É uma fonte natural de vitamina E, tocofeiros e tocotrienois que atuam como antioxidantes. É rico também em betacaroteno, fonte importante de vitamina A.
   É o óleo mais apropriado para fabricação de margarina, pela sua consistência e por não rancificar, excelente como óleo de cozinha e frituras, sendo também utilizados na produção de manteiga vegetal, apropriada para fabricação de pães, bolos, tortas, biscoitos finos, cremes, etc. O maior uso de óleo de dendê é como matéria-prima na fabricação de sabões, sabonete, sabão em pó, detergentes e amaciantes de roupa biodegradáveis, podendo ainda ser utilizado (com restrições) como combustível em motores a diesel.







Componentes:
Talles
Marina Barreto
Mariana
Renata 
Pedro

Orientador:
Jorge da Hora




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