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Região Norte e os segredos amazônicos - Banana Pacova

A região Norte é descrita por Chaves e Freixa (2007) como um manancial de ingredientes e de cultura popular, possuindo na cozinha e no folclore imensa riqueza baseada nos recursos da maior floresta do mundo denominada como tesouro mundial, a Floresta Amazônica, outro local que se destaca com uma das maiores riquezas paraenses abrigando perfumes e sabores da região amazônica é o mercado Ver-o-Peso.

A abundância dos rios colabora para a atividade pesqueira e como meio de transporte, sendo um dos exemplos o pirarucu, peixe que pode chegar a pesar cerca de duzentos quilos. A mandioca também é encontrada em grande quantidade na preparação dos pratos, como os diversos tipos de farinhas, polvilho, tucupi, sendo um hábito local consumir tacacá ás cinco horas da tarde. As frutas também são encontradas em grande variedade, como o taperebaba, cupuaçu, bacuri, inajá, miriti, biriba, pupunha, camapu e o açaí, complemento e energético.

A fruta mais popular no Brasil é a banana, como descreve Cascudo (1898), consumida das mais diversas maneiras, crua, assada, cozida, com açúcar, canela, calda, mel, entre outras variações. É a fruta íntima e comum, fiel ao pobre, saboreada por todas as idades e paladares, sem trabalhos e sem complicações. Relatos da banana na antiguidade são escassos, sendo tratada com “pacoba”, fruto da pacobeira, sendo figurada entre uma das melhores e mais bonitas frutas do Brasil. As bananas e suas variedades passaram a dominar o continente, dando origem a diversas espécies como, a banana-da-terra, pacoba ou pacova, entre outras.

Segundo a Revista Plantas e Ervas, o Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de banana, colhe anualmente, cerca de 570 milhões de cachos, o que corresponde a um volume de pelo menos 15 milhões de toneladas, em uma área plantada de cerca de 500 mil hectares. A tendência, no país, é aumentar a exportação, embora ainda haja espaço para o crescimento do consumo no mercado interno. A pacova (também conhecida como pacovã) é uma espécie gigante de banana comumente encontrada na Amazônia. Assemelha-se à banana-da-terra chegando facilmente a 50 cm de comprimento. A fruta é encontrada em inúmeras barraquinhas no centro de Manaus e podendo ser provada de diversas maneiras.

A banana pacova, descrita por Alves (2001) é uma cultivar tipo chifre, muito cultivada na região amazônica, onde apresente relevante importância social na alimentação de populações indígena e ribeirinha. É também conhecida por “chifre-de-boi”, “comprida” ou “Farta velhaco”, sua altura varia de 3,5 a 4,5 metros, diâmetro em torno de 25 cm na base da planta. Seus cachos são pequenos, com 3 a 7 pencas, com 18 a 20 frutos. Os frutos geralmente sai em forma de S suave, delgados e longos, medindo de 20 a 35 cm de comprimento e 5 a 6 cm de diâmetro. A casca dos frutos é grossa, difícil de ser retirada, de cor amarela quando madura; a polpa é rósea a branco-amarelada, dura, seca, pouco açucarada e saborosa, possui flores semi-desenvolvidas, secas e “coração” ausente. Os frutos só devem ser consumidos quando bem maduros, quase passados. A banana Pacovaçu é uma variação da “Pacova”, e também típica da região amazônica, possui porte semelhante a pacova. Produz no máximo 12 frutos por cacho, porém com mais de 40 cm de comprimento e com polpa ligeiramente rosada. Frutos devem ser consumidos em condições semelhantes a pacova.