terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mangaba


Figura: Mangaba


                                                                               
Tantas e tantas coisas que eu poderia falar do meu querido Nordeste, mas escolhi uma fruta em particular que me chama atenção, a Mangada. Que faz lembrar a minha infância, quando, na praia sempre aparecia uma mulher andando com uma balde na cabeça vendendo essa peculiar fruta. Sempre muito madura, com seu aroma e sabor inigualáveis. Então resolvi falar um pouco dela e deixar os leitores com água na boca.
A mangaba ou a “Coisa boa de comer” como é chamada pelos indígenas, pode ser encontrada no Norte e até no Sudeste do Brasil, mas é no Nordeste, especificamente no meu Sergipe onde que vem a ser encontrada o maior produtor dessa fruta que pode ser consumida tanto in natura quanto em doce, sorvete, suco, licor, mousse. Os frutos não podem ser retirados da árvore, mesmo que, aparentemente estejam maduros. Devemos aguardar que, após amadurecerem, caiam no chão para que possam ser colhidos.
Pesquisando sobre essa querida frutinha, eis que descubro um movimento chamado Catadoras de Mangaba. São mulheres, extrativistas e lutadoras que procuram defender uma das maiores culturas sergipana e brasileira -  a cultura da mangaba. Tem como objetivo contribuir para o fortalecimento e sustentabilidade das comunidades extrativistas, por meio da difusão de tecnologia social e auto organização dos grupos.  Busca atender diretamente a 600 Catadoras de Mangaba e, indiretamente, a 1.357 famílias que trabalham em terras devolutas ou de terceiros. As linhas de ação do projeto são geração de renda e oportunidade de trabalho. Os temas transversais são gênero, igualdade racial e comunidades tradicionais.
Por isso, ao verificarem que as mangabeiras, reconhecidas como árvore símbolo do Estado de Sergipe, conforme Decreto Lei nº 12.723 de 20 de Janeiro de 1992, estavam sistematicamente sendo arrancadas pelos projetos imobiliários e de monocultura, ou mortas pelos venenos derramados pelos tanques de carcinicultura, as mulheres reunidas no I Encontro das Catadoras de Mangaba de Sergipe, decidiram levantar sua voz e, com ajuda de pesquisadores e das Quebradeiras de Coco Babaçu do Maranhão, realizaram, em 2007, o I Encontro das Catadoras de Mangaba. Surgiu aí o Movimento das Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM).



Referencias:

Portal São Francisco
Catadoras de Mangaba


Componentes:
Ana Priscilla M. De Santana
Fabio Sumodjo
Lidyane Fava
Ligia Maria

Orientador:
Jorge da Hora







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